segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Ray-Ban: sinônimo de óculos para sol

Algumas marcas, pela sua popularidade, acabam se tornando sinônimo de um dado produto: Gilette se transformou em sinônimo de lâmina de barbear, Durex passou a designar fita adesiva etc.

Algo semelhante aconteceu com os óculos Ray-Ban, que se transformaram em sinônimo de óculos para sol. Os Ray-Ban   surgiram na década de 1920, na esteira do rápido crescimento da aviação. Os pilotos sofriam com a intensa claridade acima das nuvens, que ofuscava os olhos e causava distorções visuais, agravadas pelos raios ultravioleta (UV) e infravermelho (IV); em função disso, John MacCready, um general da Força Aérea dos Estados Unidos, fez um pedido à Bausch & Lomb, empresa óptica americana fundada em 1849 por J.J. Bausch e H. Lomb: pesquisar uma proteção ocular para os seus pilotos.

O Aviator
A empresa, depois de dez anos de pesquisas intensas, apresentou  os óculos Anti-Glare Aviator, munidos de lentes verdes de cristal com tecnologia que bloqueava um alto percentual da luz visível e também dos raios ultravioleta e infravermelho (IV). Esses óculos rapidamente passaram a fazer parte dos acessórios básicos dos militares americanos, mas somente em 1937 a novidade ganhou o nome de Ray-Ban e começou a ser comercializada em sua versão civil, batizada de Ray-Ban Aviator, com lentes verde-escuras e armação dourada. Os óculos foram batizados com esse nome, pois reduziam a incidência de raios UV e IV, ou seja, baniam os raios (em inglês Ray-Banner, Banidor de Raios).  
MacArthur
sucesso foi instantâneo: a propaganda associava os óculos aos  homens com estilo esportivo, amantes da vida ao ar livre, de força e coragem – é icônica a imagem do General MacArthur desembarcado nas Filipinas em 1944 (de onde saíra fugindo dos japoneses em 1942), usando um Ray-Ban. Muitas mulheres passaram a usa-los, o que levou ao lançamento de modelos femininos, tão bem-sucedidos quanto os  masculinos.

Novas coleções foram sendo lançadas, sendo uma data notável 1951, quando a pedido   da Marinha dos Estados Unidos, a empresa desenvolveu as lentes cinza N-15; em 1952 a empresa lançou um de seus modelos de maior sucesso: o   Wayfarer, que    se tornou popular   especialmente após ter sido usado  pela atriz Audrey Hepburn, em 1961 no clássico filme “A Bonequinha de Luxo” – nos últimos anos esse modelo ganhou ainda mais popularidade.

Audrey Hepburn
A marca seguiu uma trajetória de sucesso, embora razões estratégicas tenham levado à sua venda,  1999,   para a empresa italiana Luxxotica por US$ 640 milhões; atualmente, a marca vende cerca de US$ 1,3 bilhão ao ano, em 130 países e é gerida a partir de Milão.
É também uma das grifes mais falsificadas em todo o mundo, o que comprova sua popularidade